segunda-feira, 20 de julho de 2009

a artificialidade dessa "crise"

a "crise" e sua artificialidade

sábado estivemos nas casas bahia com o objetivo de comprar um
dvd-player marca "barbante" e, se possível, vindo do mostruário, que
são bem mais baratos (certa feita vi um por R$.89,00 em 3x sem juros
mas, na ocasião, não nos era possível).

enfim, chegamos lá e.. prateleiras vazias de dvds. Nada. Nem umzinho
só. Perguntando à vendedora, ela informa que a fábrica não estava
entregando porque ".. segundo êles, ficaram com mêdo da crise e
reduziram a produção.."

com isso, claro, terão demitido um montão de gente, no bôjo dessa
"crise".

mas aí, fico me perguntando: "a quem interessa essa crise? quem está
ganhando com ela?"

há uma demanda de dvds (limitemo-nos a êstes, por enquanto), mas
"devido à crise", não se atende tal demanda. Isso vai se refletir nas
casas bahia - que, não vendendo, vai por gente na rua e reduzir compras
de outros trecos. Daí a industria sente e retrai a produção, que..
enfim, caímos no "loop" ou, como dizem os economistas, num "circulo
vicioso", saindo fora do "circulo virtuoso" de antes.

enfim, graças à uma crise inteiramente artificial, vamos cair numa
recessão (e crise) verdadeira.

repito: a quem será que interessa isso?

"boca no trombone"

zémail que escrevi hoje para o "boca no trombone" da bandeirantes. Talvez não tenha sido o endereçamento correto, mas enfim:

:== inicio


estou MESMO achando que a imprensa como um todo tá merecendo um "boca
no trombone" pela orquestração, no meu entender inteiramente artificial
quanto ao suposto "golpe em honduras".

notem que há uma unanimidade em toda a imprensa, blogs de jornalistas e
qualquer (ou quase) lugar onde seja possível verberar-se contra o
"golpe contra a democracia" na vizinha honduras.

o nunca desmentido Nelson Rodrigues dizia ".. a unanimidade é burra.."
e estamos nós aqui bombardeados dioturnamente pela unanimidade
jornalistica que, quase com as mesmas palavras, verbera acirradamente
contra êsse (pseudo, MINHA opinião) "golpe".

puxando aqui pela memória, volto no tempo em que, por muito menos, o
então presidente collor foi defenestrado do govêrno e cassado; a única
voz em sua defesa foi de roberto jefferson, hoje amargando a cassação
por ter sido o denunciante do "mensalão". Pelo visto, em terras
brasilis, o denunciar maracutaias resulta em castigo para o denunciante
e honras e desagravos para os denunciados, né mesmo "tio" sarney?.


bem.. voltando:

na ocasião, orquestrada pela UNE (êsse pau-mandado não se sabe de quem)
gerou-se intenso "clamor popular", apoiado/refletido/replicado NOVAMENTE
pela imprensa.

baseado nesse "clamor da sociedade" o congresso houve por bem cassar o
presidente collor e defenestra-lo da condução do país.

então, pergunto: se em honduras há um golpe anti-democrático,
considerando-se que congresso, judiciário e forças armadas estão em
acôrdo, e há a promessa de eleições livres em breve, o que foi que
tivemos aqui, então, contra o collor? As instituições da época (aqui)
eram menos democráticas? representavam menos o "anseio popular" do que
as instituições de honduras?

que me lembre, judiciario e forças armadas nem participaram desse
"complô popular".

na ocasião não se recorreu à OEA, não se trancaram todas as portas do
mundo para "terras brasilis", como agora se faz contra a minúscula
honduras.

daí, complemento com algumas perguntas:

a) a quem interessa essa unanimidade (orquestração)?

b) por que o golpe aqui é mais democrático do que lá?

c) por que um golpe aqui - um país enorme, continental, com economia
(quando deixam) vigorosa - é menos "perigoso às instituições da america
latina" do que lá, na (repetindo) minúscula honduras?

d) afinal, que nos importa MESMO honduras? Menos gente lá, economia
menor do que na favela de heliópolis. (tá, exagerei, mas enfim.. a quem
interessa?)

então, vamos ao mote dêste zémail imenso: um trombone bem soprado na
cara dessa nossa (???) imprensa que é tão democrática na unanimidade
atual quanto os jornais de Paul Joseph Goebbels que (se pudesse)
estaria rindo às escancaras por ver o quanto de suas lições nossos
jornalistas vêm empregando.
:== fim

domingo, 19 de julho de 2009

Doze regras de redação da Grande Mídia Internacional quando a noticia é do Oriente Médio

1) No Oriente Médio são sempre os árabes que atacam primeiro
e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se "represália".

2) Os árabes, palestinos ou libaneses não tem o direito de
matar civis. Isso se chama "terrorismo".

3) Israel tem o direito de matar civis.
Isso se chama "legitima defesa".

4) Quando Israel mata civis em massa, as potencias
ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama
"Reação da Comunidade Internacional" .

5) Os palestinos e os libaneses não tem o direito de capturar
soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas
e postos de combate. Isto se chama "Sequestro de pessoas indefesas."

6) Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em
qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente
são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres.
Não é necessária qualquer prova de culpabilidade.
Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente,
mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos
palestinos. Isto se chama "Prisão de terroristas"

7) Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatória
a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado
pela Síria e pelo Irã".

8) Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção
à expressão "apoiada e financiada pelos EUA". Isto pode dar
a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não
está em perigo de existência.

9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões
"Territórios ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações dos
Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".

10) Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre
"covardes", que se escondem entre a população civil,
que "não os quer". Se eles dormem em suas casas, com
suas famílias, a isso se dá o nome de "Covardia".
Israel tem o direito de aniquilar com bombas e misseis
os bairros onde eles estão dormindo. Isso se chama
Ação Cirúrgica de Alta Precisão".

11) Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol
e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apóiam
devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que
os árabes para explicar as presentes Regras de Redação
(de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama "Neutralidade
jornalística" .

12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as
Regras de Redação acima expostas são "Terrotistras
anti-semitas de Alta Periculosidade" .

(Texto francês anônimo)